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domingo, 21 de agosto de 2011

Curso: Comunicação e Autismo



A Somar promove o curso: Comunicação e Autismo, que será realizado no dia 27/08/2011 no Centro de Convenções. O Curso será destinado para pais, profissionais e estudantes das áreas de saúde e educação, que tenham interesse em compreender as dificuldades da linguagem da criança com Transtorno do Espectro Autista, como também aprender estratégias para estimular a comunicação destas crianças.
Mais informações no site da Somar.

Congresso Internacional sobre Autismo



 Curitiba sediará, no período de 24 à 27 de agosto de 2011, o Congresso Internacional sobre Autismo. O evento interdisciplinar pretende discutir alternativas de prevenção, intervenção e pesquisa sobre o Autismo, um quadro clínico cujo comprometimento psíquico acarreta graves dificuldades em diferentes áreas do desenvolvimento tais como a comunicação, a socialização, a aprendizagem, atenção e percepção, entre outros. 

 Se por um lado, muito se avançou na descrição e diagnóstico deste quadro clínico, favorecendo uma conscientização por parte da sociedade sobre esse problema verificado, por exemplo, no trabalho de inclusão de crianças autistas em escolas regulares, por outro lado, há ainda muito a se pesquisar no que concerne tanto à detecção precoce quanto à etiologia deste quadro.

 De todo modo, as evidências clínicas já indicam a importância do início do tratamento no prognóstico do quadro. Assim, uma detecção precoce, seguida de uma intervenção a tempo é determinante para a diminuição dos danos no desenvolvimento psíquico, ampliando as possibilidades de subjetivação e aprendizagem.

 Assim, este evento buscará reunir profissionais de diferentes áreas que, em conjunto, possam fazer avançar tanto o conhecimento científico quanto as políticas públicas de intervenção clínico-educacionais e inclusivas para as crianças autistas.

Mais informações em  Congresso Autismo

Estudo afirma que fatores ambientais podem causar autismo



Pesquisa confirma que fatores ambientais podem ser uma das causas do autismo. Foto: Getty Images
Um novo estudo sobre o autismo, realizado com gêmeos, sugere que além das causas genéticas conhecidas, fatores ambientais, incluindo o útero, podem determinar o desenvolvimento da anomalia durante a gestação. A pesquisa é muito importante porque muda o foco para a possibilidade de que o ambiente também deve ser levado em conta, disse Dr. Peter Szatmari, Chefe da Psiquiatria Infantil e Neurociência Comportamental da Universidade McMaster, em Ontário, ao jornal The New York Times.                                             
Considerado um dos maiores estudos realizados com gêmeos, os pesquisadores analisaram 192 pares de irmãos idênticos e fraternais. Pelo menos um gêmeo de cada par tinha a forma clássica de autismo, que é marcada por isolamento social, problemas de comunicação e comportamentos repetitivos. Em muitos casos, o outro gêmeo também tinha autismo clássico ou mais suave como a síndrome de Asperger. Durante a pesquisa, os especialistas observaram um crescimento considerável nas taxas de autismo - muito mais rápido do que nossos genes podem evoluir. Daí surgiu a aceitação de que os genes não contam toda a história da evolução da doença. Outros estudiosos citaram fatores como idade dos pais, gravidez múltipla, baixo peso ao nascer e exposição a medicamentos ou infecção materna durante a gravidez. O novo estudo será publicado na edição  de novembro na revista Archives of General Psychiatry.


foto: Getty Images
fonte: www.saudeterra.com.br

No caminho para tratar o autismo



Cientistas identificam novas regiões no genoma implicadas no distúrbio
O autismo é causado por muitas pequenas variações no genoma, dizem investigadores
O autismo é causado por muitas pequenas variações no genoma, dizem investigadores.
2011-06-09
Centenas de pequenas variações genéticas estão associadas a perturbações do espectro do autismo, incluindo uma área de DNA que pode ser a chave para entender por que razão os seres humanos são animais sociais, afirmam investigadores da Universidade de Yale.
O estudo destes cientistas, publicado na revista Neuron, reforça a teoria de que o autismo, um distúrbio que se desenvolve na primeira infância, envolvendo deficiências na interação social, déficits de linguagem e comportamentos distintos, não é causado por um ou dois grandes defeitos genéticos, mas por muitas pequenas variações, cada uma associada a uma pequena percentagem dos casos.

Matthew State, investigador que conduziu o estudo, analisou mais de mil famílias onde havia uma única criança com um transtorno do espectro do autismo, um irmão não afetado e pais não afetados. A equipe, incluindo o autor principal Stephan Sanders, da Universidade de Yale, comparou os indivíduos com autismo aos seus irmãos para determinar que tipos de mudanças genéticas distinguiam a criança afetada da criança não afetada.


Síndrome de Williams
Um dos aspectos mais intrigantes dos resultados aponta para a mesma pequena seção do genoma que causa a síndrome de Williams, um distúrbio do desenvolvimento marcado por alta sociabilidade e uma aptidão invulgar para a música.

“No autismo, há um aumento no material cromossômico, uma cópia extra desta região, e na síndrome de Williams, há uma perda desse mesmo material”, explica Matthew State.
“O que torna esta observação interessante é que a síndrome de Williams é conhecida por um tipo de personalidade que é altamente empática, social e sensível ao estado emocional dos outros. Os indivíduos com autismo têm frequentemente dificuldades neste aspecto. Isto sugere que há um ponto importante nessa região para compreender a natureza do cérebro social”. Matthew State e equipe também encontraram outras 30 regiões no genoma que são muito prováveis de contribuir para o autismo. “Agora estamos avançando para uma segunda fase do estudo, em que analisaremos mais mil e seiscentas famílias para podermos ser capazes de identificar várias regiões novas que estão fortemente implicadas no autismo”, refere o cientista.

Stephan Sanders e Matthew State estão otimistas com as novas descobertas, sugerindo que a genética é o primeiro passo para entender o que realmente acontece no cérebro a nível molecular e celular. “Podemos usar estes resultados genéticos para começar a desvendar a biologia subjacente do autismo”, revela Stephan Sanders.
“Isso vai ajudar muito nos esforços para identificar novas e melhores abordagens para o tratamento”.

Risco de autismo é maior do que se pensava em famílias já afetadas


Risco de autismo é maior do que se pensava em famílias já afetadas
WASHINGTON, EUA — O risco de uma criança sofrer de autismo é maior do que se pensava até agora quando um ou mais de seus irmãos mais velhos já padecem desta complexa síndrome, de acordo com uma nova estimativa publicada nesta segunda-feira nos Estados Unidos.
Esta probabilidade, que era considerada de 3 a 10% antes desta pesquisa é, na realidade, de 18,7%, segundo revela este estudo realizado por cientistas da Universidade da Califórnia em Davis e com a participação do Instituto M.I.N.D.
Para os homens, o perigo é ainda maior, de mais de 6%, e supera os 32% quando dois de seus irmãos mais velhos são autistas.
Cerca de 80% das crianças autistas é do sexo masculino, algo confirmado por este estudo realizado com 664 pacientes.
Os pesquisadores fizeram um acompanhamento do grupo dos oito meses de idade em média até os três anos, quando as crianças foram examinadas para ver se sofriam de autismo.
Nas famílias nas quais já havia um filho com autismo, o índice de irmãos e irmãs menores que também terminaram padecendo desta síndrome é de 20,1%. Essa taxa sobe para 32,2% no caso de mais de um irmão autista.
Somente 37 dos participantes do estudo estavam nesta circunstância.
"Este é o estudo mais extenso já realizado com irmãos e irmãs menores de crianças autistas", afirmou a dra. Sally Ozonoff, professora de Psiquiatria e Ciências do Comportamento no Instituto M.I.N.D. e principal autora do trabalho.
"Nenhuma outra pesquisa colocou em evidência até agora um risco tão elevado que essas crianças passam de padecer de autismo", acrescenta em um comunicado.
Este documento foi postado no site do jornal Pediatrics e será publicado na imprensa em setembro.
Os pesquisadores enfatizaram também os indícios claros do papel desempenhado pelos fatores genéticos no desenvolvimento do autismo, um problema complexo que afeta a capacidade da criança de pensar, de se comunicar, de interagir socialmente e de aprender.
Nos Estados Unidos, calcula-se que o autismo afete uma em cada dez crianças nascidas atualmente.